domingo, 20 de junho de 2021

Comissão rejeita projeto que proíbe investimentos públicos em emissoras de rádio e TV

 




A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados rejeitou, nesta quarta-feira (16), proposta que proíbe as emissoras de rádio e televisão de receber recursos públicos ou obter empréstimos em bancos estatais.

O Projeto de Lei 6301/19 é de autoria do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP) e foi relatado pelo deputado Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF), que recomendou a rejeição.

Orleans e Bragança alega que a proposta visa acabar com o “dirigismo estatal” sobre o mercado de rádio e de TV, que compromete a isonomia das empresas de comunicação. Pelo projeto, a regra seria aplicada a todas as empresas, independentemente se públicas ou privadas.

O relator advertiu, no entanto, que a medida, se colocada em prática, afetaria as emissoras públicas, incluindo as educativas, que divulgam as atividades do Poder Público e dependem de verbas governamentais.

Para Ribeiro, a regra proposta é “desproporcional e contrária ao princípio constitucional da publicidade das atividades da administração pública, que obriga a divulgação de atos públicos, tornando-os mais acessíveis à sociedade e passíveis de maior controle popular.”

Ele alegou ainda que a proibição de empréstimos retira dos bancos “um relevante setor da economia, o que igualmente viola a isonomia concorrencial e prejudica sobremaneira tais empresas”.

Tramitação
O projeto será analisado agora, em caráter conclusivo, pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Reportagem - Janary Júnior
Edição - Marcia Becker

Fonte: Agência Câmara de Notícias

terça-feira, 15 de junho de 2021

Núcleo de Estudos de Rádio da UFRGS promove seminário sobre podcast

 



Com inscrição gratuita, o evento irá abordar a produção de podcasts sob os aspectos da cobertura diária de notícias.

Por Fernanda Nardo.


O Núcleo de Estudos de Rádio da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) promoverá nos dias 16, 23 e 30 de junho, a partir das 19h30, o seminário on-line: Podcast – Conteúdos, desafios e perspectivas. O evento contará com a participação de profissionais da área, que irão discutir sobre a produção de podcasts sob os aspectos da cobertura diária de notícias, as possibilidades para além da TV e do rádio e a produção de conteúdo com enfoque na concepção e elaboração do produto. O evento é gratuito.

Ao todo serão três painéis. No dia 16, o tema é o aprofundamento das notícias em podcasts diários, com participação de Letícia Arcoverde, do Durma com essa (Nexo Jornal), e Roberto Maltchik, do Ao Ponto (O Globo). No dia 23, Helen Braun, da BandNews, e Luciano Potter, do Grupo RBS, debatem o podcast para além do rádio e da TV. Para fechar o evento, no dia 30, será abordado sobre a produção de podcast, da concepção à busca pela audiência, com a participação de Bia Guimarães, do 37 graus, e Kellen Moraes, da Rádio Novelo.

O seminário será transmitido pela internet, por meio da Doity Play. Os interessados em participar podem fazer a inscrição no site da plataforma de eventos.

FONTE: Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

segunda-feira, 14 de junho de 2021

ABC CONQUISTA OUTRO IMPORTANTE RESULTADO NA SÉRIE D

 ⚫⚪ GOLEADA E LIDERANÇA! O Mais Querido conquistou outro importante resultado na Série D. Jogando neste domingo (13), no Frasqueirão, pela 2ª rodada, o Alvinegro fez um boa apresentação diante do Sousa/PB e goleou o adversário por 4 a 0. 


Os gols da vitória foram marcados por Claudinho (2), Éderson e Denner. 


Com o resultado, o Clube do Povo manteve o 100% de aproveitamento, chegou aos seis pontos ganhos e assumiu a liderança isolada do Grupo A-3. 


Na próxima rodada, marcada para o domingo (20), o ABC faz o clássico contra o América, na Arena das Dunas. 


Antes, o Mais Querido fará o primeiro jogo da final do Campeonato Potiguar, diante do Globo. O desafio acontece na quarta-feira (16), às 15h, no Estádio Barrettão, Ceará-Mirim (RN). 




#ABCFC

#BrasileiroSérieD

#OMaisQueridoDoRN

FORTALEZA FOI O ÚNICO NORDESTINO A VENCE NA TERCEIRA RODADA

 O Leão do Pici foi o único nordestino a vencer na 3ª rodada da Série A 

O fortalezaec TÁ BRABO!

Vinte municípios do Acre sintonizarão programação de rádio FM

 



Os moradores de vinte municípios do Acre terão acesso, a partir de agora, à informação, cultura e entretenimento via ondas de rádio. O Ministério das Comunicações (MCom) publicou as portarias que autorizam duas emissoras a oferecer o serviço de retransmissão de rádio nas localidades.

As emissoras Progresso do Acre Comunicações e Rádio, TV e Jornal Impresso Amazônia poderão retransmitir a programação feita para a capital aos municípios de Acrelândia, Assis Brasil, Brasileia, Bujari, Capixaba, Epitaciolândia, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Manoel Urbano, Marechal Thaumaturgo, Plácido de Castro, Porto Acre, Porto Walter, Rodrigues Alves, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira, Senador Guiomard, Tarauacá e Xapuri.

São as primeiras outorgas do serviço de Retransmissão de Rádio (RTR), criado pela Lei nº 13.649, de 2018. Com isso, o MCom busca garantir que as cidades com menor porte, no interior dos estados, tenham acesso a conteúdo informativo. A permissão para o serviço abre também oportunidade para a geração de empregos e investimentos locais.

O secretário de Radiodifusão do MCom, Maximiliano Martinhão, explica que o serviço é especialmente importante porque se destina ao interior da Amazônia Legal – região carente de serviços de radiodifusão. Martinhão reforça que em muitas localidades a divulgação de informações relevantes é feita por meio de carros de som. “A Retransmissão de Rádio na Amazônia Legal possibilita a inserção local de programação e de publicidade em até 15% do total da programação, permitindo que essas estações de rádio sejam um veículo para informações relevantes para a comunidade.”

O objetivo do MCom é beneficiar mais de 10 milhões de moradores de 230 municípios interioranos da Amazônia Legal, nos estados do Mato Grosso, Tocantins, Amazonas, Pará, Amapá, Acre, Rondônia e Maranhão. De todas as cidades beneficiadas, cerca de 78% não contavam com emissoras FM na ocasião da publicação do edital de chamamento público em setembro de 2020.

Com informações do Ministério das Comunicações

Brasil começa a Copa América vencendo

 

Depois de muita polêmica, a bola vai rolar para a disputa da Copa América


Brasil começa a Copa América vencendo a Venezuela por 3 a 0. Marquinhos, Neymar e Gabigol foram os autores dos gols no Mané Garrincha.



São Paulo é derrotado pelo Atlético-MG e segue sem vencer no Brasileirão

 

Jair, do Atlético-MG, comemora gol marcado contra o São Paulo pelo Brasileirão 

O Atlético-MG bateu o São Paulo por 1 a 0 na tarde deste domingo, 13, no Mineirão, em partida válida pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Jair, no primeiro tempo, fez o gol solitário da partida para o Galo, que chega aos seis pontos e sobe para a 5ª colocação na classificação. O Tricolor, por sua vez, segue sem conhecer o gosto da vitória no Nacional, permanecendo com apenas um ponto, na 16ª posição. Na próxima quarta-feira, o time mineiro visita o Internacional, no Beira-Rio, às 19 horas (de Brasília). Uma hora antes, o conjunto paulista volta a campo para receber a Chapecoense, no Morumbi.

Copa América: Bolívia tem três jogadores e um membro da comissão com Covid-19

 



Três jogadores e um membro da comissão da Bolívia testaram positivo para Covid-19

A Federação Boliviana de Futebol (FBF) informou neste domingo, 13, que três jogadores e um membro da comissão técnica testaram positivo para o novo coronavírus nos exames realizados na noite de ontem, em Goiânia, onde a seleção enfrentará o Paraguai, na segunda-feira, 14, antes da estreia da Copa América. Em comunicado, a entidade informou que todos os contaminados estão bem e foram isolados em quartos individuais na capital de Goiás. “A federação informa que após testes de RT-PCR realizados na Delegação Boliviana que se encontra no Brasil foram detectados três casos positivos em jogadores e um do corpo técnico. Atualmente, eles se encontram em bom estado de saúde e isolados do grupo”, diz um trecho da nota.


Assim, a Conmebol vê a segunda seleção sofrer um surto de Covid-19 antes da estreia do torneio. A Venezuela, que inicia sua campanha diante do Brasil, neste domingo, registrou 13 infectados e precisou chamar 15 atletas de supetão. Inicialmente marcada para acontecer na Colômbia e na Argentina, a Copa América mudou de sede “de última hora” após o governo colombiano desistir de receber o evento no começo de maio devido à onda de protestos políticos. As autoridades argentinas, por sua vez, afirmaram, no fim do mês, passado que o país não teria condições de ser anfitrião devido ao aumento de casos de Covid-19. Assim, o Brasil, através da CBF e do governo federal, se ofereceu para receber o campeonato, recebendo uma série de críticas.

CEARÁ EMPATA SEM GOLS COM A CHAPECÓENSE PELO BRASILEIRÃO

 


Lima chuta bola na trave

O Ceará ficou no empate sem gols com a Chapecoense, na noite deste domingo (13), pela 3ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. A partida teve alternância de domínios, com o Alvinegro até criando as melhores oportunidades de gol, inclusive colocando bola na trave, mas o placar se manteve inalterado.

Com este resultado, o Vovô chegou a quatro pontos na tabela e segue na 11ª colocação. Já o time catarinense somou o primeiro ponto e deixou a lanterna, saltando para a 18ª posição.

O Ceará volta a campo na quinta-feira (17), para enfrentar o Bahia, às 19 horas, na Arena Castelão, pela 4ª rodada da Série A.

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Para especialista, além de se reinventar, o rádio deslocou-se para dentro das mídias digitais sem perder sua originalidade

 




Com o avanço da tecnologia e proliferação das mídias digitais, a percepção inicial era de que as demais mídias perderiam espaço, inclusive o rádio. No entanto, esse veículo tradicional e imprescindível na vida das pessoas aprendeu a se adaptar a todas as circunstâncias, e se deslocou para dentro dessas mídias sem perder a sua originalidade.

O professor do curso de Jornalismo e do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Ufrgs, que também é responsável pelo Núcleo de Estudos de Rádio da Ufrgs, Luiz Artur Ferraretto, deu entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9 no Programa Rede Social. Segundo ele, um dos principais benefícios que a tecnologia trouxe para o rádio foi o rompimento de barreiras de alcance. “O rádio se reinventou sem perder sua essência. Através da internet, ampliou-se a possibilidade de receber as informações trazidas por ele em qualquer lugar do mundo. Além disso, o uso das redes sociais é bom, pois elas mantêm o contato direto com seus ouvintes, que interagem com os locutores”, ressaltou.

Contudo, para o especialista, a relação do rádio com a as redes sociais pode ser problemática, se as informações que chegam a todo momento por meio das diversas plataformas não forem utilizadas de maneira correta. “Nos últimos dez anos, muitos estão fazendo um mau uso das redes sociais. Estão confundindo a liberdade de dizer qualquer coisa, tendo a razão ou não tendo, com liberdade de expressão. Quem faz rádio, faz um trabalho sério e profissional. E nas redes sociais, além de informação profissional, existe também muito conteúdo amador, com intencionalidade muito ruim, que pode ser até feito por um robô. Então, é importante termos esse cuidado”, acrescentou.

Luiz Artur Ferraretto

Professor do curso de Jornalismo e do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Ufrgs

Gazeta – A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizou a migração de 364 rádios AM para a frequência FM ainda neste semestre. Como você avalia esse processo de transição e quais as vantagens?

Luiz Artur Ferraretto  O processo de migração das rádios AM (amplitude média) para a faixa FM (frequência modulada) deu um novo e importante passo. Significa o futuro, porque a maior parte dos ouvintes está no FM. E o FM está no celular e no aplicativo, pode ser acessado de qualquer lugar. Avançamos na medida em que temos uma banda com frequência modulada com mais qualidade no áudio na programação, além de maior alcance, o que permite explorar seu negócio com maior eficiência. E o rádio é isso, ele se adapta à realidade disponível para a comunidade e às necessidades que vão surgindo.

Qual a característica que faz com que esse veículo seja tão forte e resistente, mesmo com o advento da internet?

Uma das características que tornam o rádio tão importante e imprescindível é a de transmitir a informação com mais rapidez do que qualquer outro meio. Ele foi o primeiro dos meios de comunicação de massa que deu imediatismo à notícia, pela possibilidade de divulgar os fatos no exato momento em que eles ocorrem. Com a convergência digital, o rádio se reinventou, ele mudou sem mudar sua essência. Adaptou-se sem modificar seu parâmetro de transmitir informação por som. E permite que as pessoas façam outras atividades paralelas quando estão recebendo essa informação, diferentemente de outras mídias. Em outras palavras, ele me acompanha no meu dia a dia, e dificilmente existirá um outro veículo que permita fazer isso com tanta liberdade.

Qual o futuro do rádio?

O futuro do rádio está hoje muito relacionado à forma como ele é administrado e a forma como ele é feito. Se você transforma esse rádio em veículo onde verdadeiramente todos os pontos de vista tenham acesso, você contribui para a democracia. Agora, se você vai na onda das bolhas de internet, dos clubes de ódio, em vários campos ideológicos, você vai contra o estado democrático de direito. O rádio tem esse papel, de trazer várias vozes. Além disso, o alcance dele é muito grande.

Como levar a informação plural e concreta diante de tanto negacionismo?

Em alguns momentos, percebe-se que as pessoas faltam com o respeito com o profissional do rádio ou de qualquer outra mídia. Questionam se ele é de direita ou de esquerda, o que não deveria ser um problema. Acredito que, como sociedade, vamos superar tudo isso, mas com conhecimento. Pois o jornalismo, construído em cima de dúvidas momentâneas que precisam ser trabalhadas para se transformar em certo nível de verdade, acaba sendo confrontado com certezas que beiram a fé e um fanatismo monumental. O desafio deste momento é ultrapassar a pandemia e o negacionismo que está relacionado a ela. E o rádio, por ser um veículo popular e próximo das pessoas, tem um papel fundamental no combate à desinformação e na manutenção do estado democrático de direito no Brasil.

FONTE: PORTAL GAZETA - GAZ

terça-feira, 8 de junho de 2021

Radialista e produtor Edu Precaro morre vítima da covid-19 em São Carlos - SP

 




O radialista e produtor artístico Eduardo Precaro morreu na manhã desta terça-feira ( 8 ), aos 50 anos, vítima da covid-19. O radialista morava em São Carlos, onde mantinha sua produtora de áudio que atendia emissoras de rádio em todo o Brasil e em Lisboa, em Portugal. Atualmente ele também estava atuando como produtor artístico da Piatã FM 94.3 de Salvador.

Segundo informações apuradas pela redação do tudoradio.com, Edu Precaro positivou para covid no dia 30 de maio, precisando ser internado. Ele ficou no ginásio Milton Oláio Filho, até ser transferido com urgência para a Santa Casa de São Carlos, no domingo (6). Devido as complicações da doença, Precaro faleceu na manhã desta terça-feira.

Com sua produtora, Edu Precaro desenvolvia seu tabalho na produção de identidade artística de diversas rádios pelo Brasil e pela Rádio Tropical FM de Lisboa, em Portugal. Ele também trabalhava pela Rádio Real AM 1300 de São Carlos e chegou a ser voz padrão de emissoras importantes do interior paulista

A família de Eduardo Precaro divulgou a informação de que o sepultamento do radialista nesta quarta-feira (9), às 11h15 no Cemitério Nossa Senhora do Carmo. Porém, devido a causa da morte, o protocolo das autoridades sanitárias não recomendam o velório.

Precaro era conhecido pela técnica apurada e pela qualidade de suas produções artísticas. Tinha um trato cordial com todos os colegas de trabalho e parceiros comerciais, além de um amplo conhecimento do setor de rádio.

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Dicas para melhorar a transmissão de rádio no home Office

 



 Por trás da notícia, existe muito trabalho e os profissionais de rádio seguem se reinventando para manter a qualidade do áudio e dos programas.

Por Fernanda Nardo


Em tempos de pandemia, os profissionais de rádio precisaram se adaptar a este novo cotidiano e improvisar nos cômodos da própria casa, além de contar com equipamentos diferenciados para continuar com a transmissão e manter a qualidade da programação no esquema de home office. 

Esse novo cotidiano exige criatividade e abertura às novas formas de atuar. De acordo com o produtor musical no estúdio Espaço Bamboo, Felipe Zimpel, na hora de gravar, escolher o cômodo adequado impacta diretamente na qualidade do som.

“A dica é procurar um cômodo de tamanho médio e de preferência que tenha bastante móveis, tudo isso ajuda a conter as frequências indesejadas que atrapalham no resultado final da gravação”, afirma.

No caso das entrevistas, a orientação é gravar a voz separadamente utilizando o celular, mesmo que ela aconteça nas plataformas de conversa como Zoom ou Skype.

“Além do microfone conectado no computador, você pode utilizar o celular com o fone de ouvido e o microfone do próprio fone para gravar a sua voz separada. Lembrando que é preciso ter a gravação bruta para fazer a sincronização depois”, ressalta.

Quando a resposta do entrevistado vem por WhatsApp, por exemplo, é possível gravar a sua fala com o microfone do celular e depois unir tudo e editar no software de áudio. Zimpel destaca que essa é uma das maneiras que ele utiliza em casa para melhorar a qualidade do som. Segundo ele, a possibilidade para edição é muito mais favorável, já que é possível trabalhar separadamente cada voz.

Na edição, um dos softwares de áudio que o produtor indica para quem não tem muito conhecimento, é o Reaper, que é gratuito e tem muitas funcionalidades. “Com o equalizador é possível equilibrar as mixagens de cada gravação e obter um áudio com melhor qualidade”, explica.

Se houver a possibilidade de comprar um microfone, a orientação é optar por um aparelho condensador e não dinâmico. “Mesmo assim, a minha dica é priorizar o microfone do fone de ouvido. Quem terá que trabalhar em casa por um longo período, deve avaliar se vale investir em microfones e equipamentos e arcar com esses custos”, diz o produtor.  

Realidade na prática

A equipe da Rede Aerp de Notícias tem se adaptado à realidade de trabalho conforme cada momento. Para a coordenadora de jornalismo, Juliana Sartori, faz parte da rotina do rádio saber improvisar, tanto na parte técnica quanto nas apresentações. Ela destaca que na hora da gravação um bom microfone ajuda bastante. “Hoje existem marcas de qualidade e com preços mais acessíveis”, diz.

Juliana conta que improvisou uma cabine de um jeito bem inusitado para fazer as gravações. “A captação do som eu faço perto de um armário, ou às vezes até dentro dele (rs). Abro a porta e fico perto das roupas, ainda uso a prancha de surf do meu filho que é de isopor. Isso ajuda a abafar o som e melhorar a qualidade”, relata.

A jornalista da Rede Aerp, Amanda Yargas, destaca que já tentou de tudo um pouco para manter a qualidade do áudio e dos programas. “Já gravei embaixo da coberta, dentro do armário, usando colchão para evitar o eco e tratar o som”.

Amanda revela que com o tempo foi se equipando. Ela separou um canto da casa e fez tratamento acústico com espumas sonex e adquiriu um microfone cardióide para evitar os ruídos externos, que são muitos, já que ela mora no Centro da capital. 

“Sempre presto atenção nos ruídos externos na hora da captação sonora, se passar um ônibus, moto, carro do sonho, ou a gata pedir um cafuné, eu regravo tudo rapidamente”, comenta.

FONTE: AERP - Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Como tirar o melhor proveito de fontes e entrevistas

 



 Por Germano Assad

A entrevista é uma das ferramentas mais utilizadas no dia a dia de comunicadores. A depender do formato, e meio de veiculação, existem técnicas e cuidados que ajudam o interlocutor a extrair o melhor do convidado, oferecendo ao público conteúdo rico e condizente com as expectativas criadas.

Em rádio, um dos grandes desafios em entrevistas é administrar o tempo, para intermediar com eficiência e não prejudicar a grade de programação. “O tempo do rádio, em comparação ao da televisão ou internet é diferente, cinco segundos no rádio é muito tempo. Quando você grava ou transmite em vídeo, a fala é apoiada com gestual, cobertura de imagens, já no rádio não tem essa possibilidade, a fala precisa ocupar todos os papéis, do gesto, do documento mostrado, da imagem de arquivo”, explica o âncora e comentarista da CBN Maringá, Gilson Aguiar.

Aguiar entende que a convergência digital está aproximando o rádio da realidade de outros formatos de mídia. “Estamos agregando a imagem ao rádio e isto deve aumentar e se consolidar com o tempo, o que naturalmente vai mudar um pouco a forma que fazemos e conduzimos entrevistas, já que o público vai ver e ler, além de ouvir”, diz.

Apesar do prognóstico, compartilhado por grande parte dos executivos e teóricos do setor, o jornalista destaca a responsabilidade, ainda maior, do comunicador de rádio em contextualizar a entrevista e criar o ambiente para que ela aconteça da forma mais produtiva possível. Além da clareza na fala, escolha de palavras, capacidade descritiva de situações e ambientes e, especialmente, de síntese de ideias.

“Uma das coisas que fui aprendendo com o tempo, e também com alguns ídolos, profissionais com quem trabalhei e sempre gostei de ouvir, como Heródoto Barbeiro e Roberto Nonato, é a compreensão de que precisamos criar o ambiente na cabeça do nosso ouvinte pra ele entender do que estamos falando e com quem estamos falando, aquela ideia de que é preciso dar a dimensão do problema que a gente vai tratar, da questão que a gente vai abordar e entender quem vai falar disso pra gente, para que as pessoas possam localizar aquilo na sua própria cadeia de valores e noção de relevância”.

Ou seja, na hora de buscar um entrevistado e definir um tema, eles têm, necessariamente, que ter relevância para o seu público – o que nem sempre condiz com o que é relevante do seu próprio ponto de vista. Por isso, conhecer a audiência é crucial na hora de planejar entrevistas.

O jornalista entende que, para rádios de cunho mais noticioso, a seleção e a relevância do tema devem sempre preceder a escolha do entrevistado. “Primeira coisa que faço é questionar se o tema é relevante, antes da entrevista ser agendada. O personagem que será entrevistado está sempre dentro do ‘problema’, ou temática do momento, da semana. Raramente, tenho um personagem que vou ‘construir o problema’ para ele participar como entrevistado. A não ser que seja uma personalidade muito importante, que trate de um determinado tema relevante que tenha vários caminhos diferentes que eu possa tratar”.

Tipos de entrevista

Entrevistas podem ter motivações diversas, mas via de regra, se prestam a quatro finalidades, basicamente.

A mais recorrente delas busca esclarecer determinado assunto, atual, relevante e pertinente, até ‘esgotá-lo’, por meio de fonte qualificada, prestando serviço de utilidade pública para a audiência. São os infectologistas falando sobre coronavírus, militares e policiais da reserva ou especialistas em segurança pública explicando os limites da abordagem e uso da força após um caso de repercussão, por exemplo.

Outra forma de entrevista, mais leve, é a focada em bons exemplos, que inspiram, motivam e dão ‘respiro’ à programação noticiosa, geralmente carregada com política, acidentes de trânsito e informações trazidas em primeira mão por repórteres que estão nas ruas, sempre ligados na clássica rádio escuta.

São iniciativas transformadoras, geralmente de cunho social, no mundo das artes, cultura e entretenimento. Projetos inclusivos ou inovadores na área de educação, ou ainda, cases de empreendedorismo e soluções no campo, que envolvem cooperativas e agricultores familiares.

A terceira é quando a posição do entrevistado justifica a entrevista, ainda que não haja um tema atual ou específico a ser explorado. É o caso de autoridades, celebridades e formadores de opinião, gente de difícil acesso, agenda concorrida, personagens que, por si só, já são um acontecimento.

E a última, que melhor representa o papel social do comunicador, é a que dá voz ao cidadão comum. Geralmente, é a denúncia do líder comunitário, da mãe de família que teve o benefício cortado sem explicação, do empresário que sofre achaque e tantas outras possibilidades.

Esta modalidade, ainda que não compreenda o formato mais tradicional de entrevista, é importante para que população e seus representantes se mantenham acessíveis e em contato, já que a falta de comunicação descola cada vez mais a classe política do ‘mundo real’.

Bagagem prática

A coordenadora de jornalismo da Rede Aerp, Juliana Sartori, tem uma lembrança memorável de entrevista, com a qual aprendeu muito. Ambas aconteceram quando apresentava um programa de cultura, na Rádio Lumen FM, de Curitiba, que mesclava apresentações de música com entrevistas, em estúdio improvisado em um shopping da cidade.

Uma delas foi com o cantor e compositor Arnaldo Antunes. “Jamais imaginaria que ele fosse tão tímido quanto de fato é. Conversamos antes, quebramos o gelo, tudo fluiu bem no pré-entrevista. Mas quando entramos no ar, ele ficou monossilábico. Respondia todas as perguntas, abertas ou fechadas, com no máximo duas palavras”. 

Conhecedora do repertório e obra do artista, ela acabou fazendo quase o triplo de perguntas do que havia formulado, para preencher o tempo disponível. “Imagina se não conhecesse bem o trabalho dele, se não tivesse pesquisado curiosidades para explorar o que ele estava mais a vontade de falar?”, questiona.

Gilson Aguiar aponta uma entrevista que fez com o ex-governador e senador Roberto Requião, como a mais tensa de sua carreira. “Ele já vinha de uma série de embates e desentendimentos com outros jornalistas, logo que perdeu a eleição para o senado. Fiz uma pergunta a ele, durante entrevista, sobre o mercado, e problemas de exportação do estado que tinham relação com a gestão do irmão dele no porto de Paranaguá”.

A reação do então candidato, ao final da entrevista, já fora do ar, exigiu muito autocontrole e agilidade de raciocínio do jornalista para contornar o momento de fúria. Com ambas as mãos fechadas em cima da mesa, ignorando o agradecimento do entrevistador, Requião disparou: “você é um desses jornalistazinhos que lê muita revista Veja né”. “E o Sr. acompanha muito pouco o que interessa e só lê o que lhe agrada, não é?” retrucou o âncora.

Controlar a temperatura de entrevistas naturalmente tensas é papel do comunicador, bem como manter o respeito entre as partes, impondo os limites que se fizerem necessários. Afinal, uma pergunta pertinente, feita de maneira educada, não justifica qualquer agressão como resposta, por mais incômoda que seja.

Dicas práticas:

Confira um resumo com as dicas práticas dos jornalistas Gilson Aguiar e Juliana Sartori, para tornar suas entrevistas ainda mais proveitosas:

  • Entrevistados e temas devem ter sinergia com perfil da audiência;
  • Atenção com administração do tempo;
  • Tanto perguntas abertas quanto fechadas são úteis a depender do contexto. É importante saber qual delas usar em cada momento da entrevista, e deixar claro quando se espera tão somente uma afirmativa ou negativa da fonte;
  • Pesquise, consulte pontos de vista diferentes para fazer perguntas relevantes, e para que a entrevista renda conhecimento além do superficial e já sabido;
  • Teste equipamentos, conexão e tudo que dependa de tecnologia para minimizar possíveis falhas técnicas;
  • Reserve um momento pré-entrevista para quebrar o gelo e conversar informalmente com o entrevistado;
  • Procure saber se o entrevistado está habituado com a situação, e explicite o tempo médio da entrevista, para que ele tenha condições de elaborar as respostas de acordo com o tempo disponível;
  • Disponibilize água, sempre;
  • Mantenha a formalidade e o distanciamento da fonte, para que possa questionar sempre com isenção e, quando necessário, assertividade;
  • Capacidade de síntese nas perguntas. Quem tem que elaborar é o entrevistado, nas respostas, e não o mediador;
  • Jogo de cintura e raciocínio rápido para lidar com imprevistos e tomar decisões rápidas;
  • Espírito mediador, e não prevenido. Tampouco agressivo, ou ‘incitador’;
  • Cuidado com o deslumbre e puxa-saquismo;
  • Não julgar, nunca. Nem opinar. O foco da entrevista é sempre o entrevistado;
  • Controle o nível de tensão e imponha limites para si, na insistência em temas que o entrevistado já demonstrou não querer entrar, e para a fonte, caso insista em informações, acusações ou fatos improcedentes.
FONTE: AERP - Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Aberta consulta pública para uso do segundo adjacente em FM

 




A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) abriu, na última segunda-feira (31), o prazo para receber as contribuições sobre a proposta de alteração do Ato nº 3.115, de 2020, que trata dos Requisitos Técnicos de Condições de Uso de Radiofrequências para os Serviços de Radiodifusão Sonora em Frequência Modulada, de Retransmissão de Rádio na Amazônia Legal e Radiodifusão Comunitária.

As contribuições e sugestões fundamentadas e devidamente identificadas devem ser encaminhadas, preferencialmente, por meio do formulário eletrônico do Sistema Interativo de Acompanhamento de Consulta Pública (SACP), até o dia 9 de junho.

A atual Consulta Pública – para alteração das condições de proteção aos canais de FM, mais especificamente a eliminação da proteção da interferência relacionada ao segundo adjacente (±400 kHz) – é resultado das contribuições apresentadas à Consulta Pública nº 70/2020 e do Grupo de Trabalho da CP70/2020 - Migração AM-FM, formado pelo Ministério das Comunicações, Anatel e ABERT, cujo objetivo é encontrar soluções técnicas para possibilitar a inclusão do maior número possível de canais FM.

FONTE: ABERT

Rádio Nacional de Brasília completa 63 anos com expansão para FM e web

 



Em 31 de maio de 1958, o então presidente Juscelino Kubitschek fazia o discurso de inauguração da Rádio Nacional de Brasília, a primeira de uma capital federal que nem havia sido fundada. Exatamente 63 anos depois, a emissora segue na tradicional frequência 980 AM, ensaia a expansão da programação para o FM e cresce na internet.

Além de ter parte da programação veiculada na Rádio Nacional FM (rádio fundada em 1976 e que pode ser sintonizada na frequência 96.1 FM em Brasília), a programação da Rádio Nacional de Brasília está sendo exibida na faixa 87.1 FM em São Paulo, Belo Horizonte e Recife desde o dia 7 de maio. Essa frequência está na chamada banda estendida FM, viabilizada com o desligamento analógico de canais de televisão, que ocupavam uma parte do espectro das rádios. Os aparelhos de rádio mais modernos já pegam a faixa estendida a partir de 76.1 MHz.

"A maior vantagem da AM é a questão do alcance. O sinal da AM 'viaja' mais longe do que o da FM. Por outro lado, no FM a qualidade do áudio é melhor do que o áudio em AM. Isso por conta da diferença de modulação.", explica o gerente executivo de Engenharia da Empresa Brasil de Comunicação, Wagner Bastos.

Para Luciano Seixas, gerente executivo da Rádio Nacional, a expansão para a FM fará com que mais gente conheça a histórica rádio de Brasília. “A expansão representa a oportunidade de alcançar novos públicos, que estão em São Paulo, Belo Horizonte e Recife, locais onde não se tinha acesso direto à rádio pelo FM”, afirma.

Um dos novos ouvintes da Rádio Nacional de Brasília é o professor de história Eduardo Ferreira de Araújo. Morador de São Paulo, ele começou a ouvir a Nacional com a frequência no FM na capital paulista. “Eu vi em uma matéria que a Rádio Nacional iria estrear no dia 7 de maio e fiquei interessado. Ouvi e descobri que ela tem uma programação diferenciada em relação às rádios de São Paulo. A gente tem uma dimensão maior do próprio Brasil”, relata.

No Programa Eu de Cá, Você de Lá - um dos mais tradicionais da emissora, no ar desde o final da década de 1970 -, ouvintes das cidades com a nova faixa também já se manifestaram sobre a nova frequência. “Eu ouvia o programa por celular ou internet. Agora é pela 87,1 FM”, relatou o ouvinte Israel Queiroz, de Belo Horizonte.

Apesar da ida para a FM e da criação de novos públicos, Seixas ressalta que não existe qualquer previsão de a rádio deixar de ser transmitida em AM. “É importante destacar que a frequência 980 kHz tem uma potência única. Se tivéssemos operando em potência máxima, teríamos um alcance, inclusive, internacional”, aponta.

Internet

Não é só pelas ondas do rádio que a Nacional tem chegado à casa dos ouvintes. Por meio do site e do aplicativo Rádios EBC, a Nacional de Brasília também alcança internautas. Dados do Google Analytics, ferramenta de monitoramento de audiência na internet, apontam que a página do player da rádio é uma das mais acessadas no site.

Para Alessandra Esteves, gerente de Jornalismo Web da Empresa Brasil de Comunicação, o site ajuda a Nacional a romper o alcance do dial. “Precisamos considerar, também, que cada vez mais as pessoas estão inseridas nas plataformas digitais, então é um público que tende a crescer e não conhece fronteiras. Seja em Brasília ou até mesmo em outro país, é possível ouvir a programação da Nacional”, diz.

O motorista Cleidimar Nunes, da cidade de Taguatinga (TO), conta que a internet mudou a relação dele com a Rádio Nacional. “Escuto a Nacional desde que me entendo por gente. Ouvia na fazenda no radinho de pilha. Eu fui me adaptando e hoje escuto a rádio pela internet. Tem uma qualidade muito melhor. Não tem a questão de o som ficar fugindo, como no rádio”, conta.

Cleidimar também relata que a Nacional o inspirou a participar como ouvinte e até ter um programa de rádio em sua cidade. “Eu tinha muita vontade de participar. Até escrevi cartas e não enviei. Mas, com a internet, comecei a participar e neste ano enviei uma mensagem. Agora, participo direto. Tenho um programa de rádio na cidade e posso dizer que 100% da inspiração para criá-lo foi na Rádio Nacional”.

Entregar o conteúdo da rádio em diversas plataformas é a tendência para o futuro, aponta Luciano Seixas. “Através da instalação dos canais de faixa estendida, do site das Rádios EBC e do aplicativo, estamos expandido o nosso alcance junto ao público ouvinte, em todo o mundo”, completa.

Como ouvir a Rádio Nacional

Brasília - AM 980 kHz

São Paulo, Belo Horizonte e Recife - FM 87,1 MHz (presente em rádios digitais)


Aplicativo – Rádios EBC (Android e iOS)

FONTE: AGÊNCIA BRASIL