quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Abel propõe desafio à CBF e volta a criticar calendário brasileiro: "Agora entendo"

 

O técnico Abel Ferreira não escondeu a irritação com o calendário do futebol brasileiro após a derrota por 1 a 0 para o Coritiba, na noite de hoje (17), no Couto Pereira, pela 35ª rodada do Brasileirão. O Palmeiras terá de voltar a campo apenas 50 horas depois, nesta sexta-feira, para enfrentar o São Paulo no clássico paulista.


O português lamentou o calendário, disse que isso só ocorre no Brasil e se propôs a ajudar. Abel chegou a fazer um desafio à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), disse que ninguém no país quer saber "disso" e relacionou o desempenho abaixo no Mundial com a programação apertada de jogos.

"Já é a segunda vez. Não sei quantas equipes no Brasileirão tiveram isso: jogam, recuperam e no terceiro dia jogam outra vez. Eu volto a dizer: isso não existe em lado nenhum, só no Brasil. As pessoas que organizam e tomam conta da marcação dos jogos têm que ter coragem para tomar decisões. Às vezes são difíceis, mas é para o bem de todos. Deixa eu dizer isso: tudo que eu falo, não sou perfeito, cometo erros, mas é minha intenção, dentro daquilo que eu sei, ajudar o futebol brasileiro através de minha opinião. E não é nada mais que isso. Não tenho capacidade de tomar decisões. Não sou o único treinador a falar sobre isso, é um assunto muito sério, mas ninguém no futebol brasileiro quer  saber disso...", lamentou Abel, e completou ainda em tom crítico:


"Vou ter que ser muito crítico em relação a isso. De fato, temos que aprender com os bons exemplos. Um desafio que faço às pessoas que mandam: é preciso refletir. Depois nos queixamos que as equipes vão ao Mundial e não estão preparadas, mas temos que saber o porquê. Densidade competitiva que tem aqui é extremamente competitiva. Agora eu percebo porque aqui os treinadores só duram dois, três meses: porque é impossível treinar nestas condições. E, por isso, quando tu não ganhas consecutivamente, estão sempre a trocar de treinadores", continuou o português.

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